quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Feminismo e a roupa na pia

Cada dia mais concluindo que ser feminista é como ser gay: intrínseco, adquirido. E lamento por quem ainda (2013, Senhor!) estereotipa as feministas como mal amadas, feias e que querem uma SUPREMACIA. Não, apenas queremos IGUALDADE E RESPEITO. E, no meio disso, além dos comentários imbecis, que são fora de discussão ("manda uma mulher carregar 30kg de cimento"), o pior é ver mulheres machistas. Ou... as claramente assim, que são por medo ou temor de quebra de um status quo familiar secular, ou aquelas que enxergam a mulher feminista como rude, bruta.

 


Vai um saco na costas?


Muitos meios sociais são extremamente machistas, mesmo que seus membros se achem "liberais". E as mulheres que nele convivem acabam absorvendo de seus parceiros atitudes e pré-conceitos que as fazem ter um "pouquinho" de "nojinho" das que abertamente se declaram feministas.

Sou realizada profissional, emocional e socialmente. Tenho auto estima e sou considerada atraente. Não tenho louça na pia para lavar, nem lote para carpir e muito menos saio por aí com o estilingue do recalque.
 
O lote está perfeitamente carpido, agora quero a minha comissão

Então, chorem. Ou tentem pensar um pouco melhor, sem ideias concebidas, sobre o assunto. Garanto, amiga, que você não vai ficar feia, perder seu emprego ou (medo supremo de algumas) seu homem. Tá, se ele for um babaca talvez fique com medo de seus "pensamentos liberais" e vá embora. Mas aí, querida, o lucro foi seu. Babacas usam Crocs roxa, cueca larga e trepam mal.
 
"Seu pai é confeiteiro? Porque você é um doce"

Mais um latido de Alice Viralata

quinta-feira, 7 de março de 2013

Puta, drogada e histérica

Olá, querido Brasil,

Venho por meio desta descrever a minha função social no país. Sou puta, drogada e histérica. Minha intenção com isso é que, se meus direitos como cidadã são reduzidos, gostaria que meus deveres também o fossem. Seria bom se eu não tivesse que ser obrigada a votar e que a mordida do leão no meu Imposto de Renda fosse menor.

Ah, já falei que sou puta, drogada e histérica, né?

Na verdade, sou uma brasileira solteira, que sonha com o dia em que terei controle sobre meu corpo, quando abortar será algo não só destinado às altas classes sociais, que fazem o procedimento nos chiques, modernos e assépticos consultórios de seus ginecologistas por R$ 5.000. Pena que a empregada doméstica dessas senhoras nobres tenha que abortar no quarto imundo de uma parteira do bairro, com talos de couve e agulhas de tricô perfurando seu útero. Mas para vocês SOU PUTA.

Gosto de tomar minha cervejinha com os amigos, voltando para casa de táxi ou metrô, sem burlar a Lei Seca com trocadinhos ou "você-sabe-com-quem-está-falando". Então, para os nobres homens da lei SOU DROGADA, onde já se viu MULHER DE FAMÍLIA BEBENDO?

E claro que, por ser solteira, SOU HISTÉRICA. Afinal, essas FEMINISTAS só reclamam mesmo por falta de homem, pensam os senhores. Uma pica dura nos faz mais feliz e subservientes, CLARO.

Senhores, vão tomar no cu.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Comidas que já tracei e nem sei como não estou escrevendo este texto do além


Lingüiça do carrinho da rua onde tirei minha carteira de trabalho em São Paulo – já está bem auto-explicativo, só não me perguntem onde fica a rua;

 Certeza de que esta foto trará alguns acessos a mais para o blog


Cachorro-quente do Carnaval de Salvador – aqui vale ressalva e dica. Segundo estudos comparativos e de campo feitos por uma especialista da Universidade de Trongstóin, na Bavária Ocidental (minha mãe), a salsicha, como o cara vende muito, obviamente é nova. O perigo é o molho de tomate, que é a piscininha das bactérias, já que ele pode ser daquele Carnaval que Santos Dumont se fantasiou de Dom Pedro I. Então, o in é pedir “por favor amigo, só a SALXIXA no pão sem molho porque sou alérgico a tomate”. Todo vendedor de comida morre de medo da palavra “alergia”, pois  pode ter a ver com um outro vocábulo chamado “alvará”;

 Ambiente descolado, com um toque de modernidade na decoração, despretensioso e agradável


Picolé sem marca que vende na praia – este tem a ver com minha emancipação, quando virei MULHER (insira mentalmente a música da Simone “QUE VENHA AQUELA NOVA MULÉ DE DENTRO DE MIMMMMMMMMM”) e finalmente pude experimentar algo que sempre foi negado pela zelosa mamãe Viralata: aqueles picolés sem marca, que ficam jogados no isopor encardido, e que não adianta escolher o sabor já que todos eles se encostaram dentro da caixa e vem tudo com o mesmo gosto. Minha matriarca sempre falava: “nunca coma nada sem código de barra e que não dê para processar o fabricante”. Mas nesse caso o proibidão teve gosto bom e nada como esses sorvetes feitos numa cozinha de quinta categoria sanitária e expostos ao sol!

 Tradição do Verão nas emergências dos PS


Sarapatel – esse nem dá para escrever. Vão no Google e vejam o bagulho. Mas devo confessar que hummmm, o que eu comi tinha gosto de carninha assada, estava muito bom. É só não sentir o cheiro dele cozinhando que você vai diboua. E, se não curtir o paladar, aprenda um truque: jogue farinha para tirar o gosto e pimenta para colocá-lo de volta. Infalível.

 Sabe quando Faustão fala: "ainda bem que TV não tem cheiro"? Vale para a internet também


Diplink – um primor dos quitutes trash. Mesmo com o famigerado risco de câncer (um dos boatos tops da época), valia o risco para abrir um saquinho, lambiscar um pirulito, babá-lo BEM e colocar o pinto doce de volta no saquinho, fazendo um milanesa e metendo aquela parada de volta na boca. Nossa, pensando bem, isso me ensinou MUITA COISA. Valeu, Diplink! ;-)

 CHUPS* SLURPT* TLACT*